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Fonte: ComputerWorld

Especialista em gestão de projetos revela o que deve melhorar o ambiente de negócios a partir do próximo ano

Passado um ano turbulento, com incertezas e novas decisões políticas, a expectativa do mercado para 2019 é de retomada de investimentos. E as tecnologias estão na lista de desejos para companhias que querem ter atuações modernas e eficazes.

Diante da democratização do acesso à tecnologias, impulsionada sobretudo pelo formato de venda de aplicações na nuvem, alguns sistemas, antes reservados a um grupo pequeno de empresas – com mais dinheiro -, agora se mostram mais acessíveis dentro de uma faixa mais larga de negócios, principalmente quando projetos são gerenciados com maestria e experiência.

Para o consultor Fabio Braggio, da FLB Info, uma grande tendência que será bem explorada no próximo ano é a inteligência artificial. Como desdobramento, as empresas vão lidar muito e de forma mais organizada com outros recursos, como machine learning, internet das coisas (IoT), blockchain, big data, além de metodologias Agile.

Braggio listou as cinco principais tendências nas empresas de 2019. São elas:

Expansão da metodologia Ágil

“As práticas Ágeis não estão mais restritas ao ambiente de TI, ao desenvolvimento de software. Hoje em dia – e cada vez mais – elas estão se expandindo para as áreas de negócios. Práticas ágeis proporcionam às organizações uma abordagem que melhora a eficiência, acrescentam mais velocidade e autonomia em seu núcleo, defendendo um processo que conta com divisão de tarefas em ciclos curtos de trabalho e reavaliações e adaptações frequentes. Como diz o economista e guru dos negócios Tom Peters, a prática ágil permite às empresas testar rápido, falhar rápido e consertar rápido. É possível organizar uma empresa em torno de equipes enxutas, multidisciplinares e inovadoras para pôr em prática ideias em pequena escala, que driblam com sabedoria a burocracia interna, além das incertezas e complexidades do mercado.”

Big Data e Dark Data

“A quantidade de informação gerada em todos os segmentos da indústria é enorme e demanda coleta, análise e processo de implementação a partir dos insights provocados por determinados dados. É esse processo que permite a uma empresa estar à frente da concorrência. O big data na nuvem, por exemplo, permite que até pequenas empresas possam aproveitar as tendências tecnológicas mais recentes e tenham acesso a grandes oportunidades de crescimento. Nesse contexto, é importante que as empresas considerem também o Dark Data – informações digitais adquiridas por várias operações de redes de computadores que não são usadas de para insights ou tomadas de decisão. Como as análises e os dados se tornam aspectos cotidianos das organizações, há uma necessidade crescente de entender que qualquer dado deixado inexplorado é uma oportunidade perdida e pode levar a um possível risco de segurança.”

Internet das coisas

“Relatórios de pesquisa com as últimas tendências da indústria revelam que a IoT irá gerar mais de 300 bilhões de dólares por ano até 2020, sendo que o mercado global de IoT deve alcançar uma taxa de crescimento anual de 28,5%. A nova geração de plataformas de internet das coisas pode ajudar as empresas a combinar novas fontes de dados com as já tradicionais, examinando informações em tempo real. Esse tipo de iniciativa permite fazer novas correlações de dados e é fundamental para questionar o pensamento institucional, além de agilizar mudanças.”

Blockchain

“Dados da consultoria Gartner revelam que somente 10% das empresas tradicionais terão feito transformações radicais com tecnologias blockchain até 2023. Trata-se de uma corrente de blocos na qual cada bloco (banco de dados) é ligado ao próximo através de um registro público (Public Ledger). Essa descentralização de registros aumenta a segurança das operações, evitando a ação de hackers. São três as principais áreas de negócios que estão se expandindo com o uso de blockchain: referência de dados, pagamentos no varejo e empréstimos ao consumidor. Respeitado o tempo da curva de aprendizado, o blockchain é uma solução que veio para ficar, podendo ser implantada por uma equipe de TI ou ser contratada como serviço.”

Entre os ganhos principais, o executivo lista:

1) Acesso a novas tecnologias;
2) Possibilidade de testar uma nova tecnologia sem necessariamente correr os riscos inerentes ao processo;
3) Suporte ao cliente;
4) Soluções compatíveis com o tamanho da empresa;
5) Redução de custos, especialmente de energia.
Outra vantagem é que se for detectado qualquer problema no processo, é simples voltar para o ponto de origem

Machine learning

“Derivado da inteligência artificial, machine learning implica em computadores ou robôs programados para aprender a desempenhar algo que antes era restrito a humanos. Essa tendência vem sendo rapidamente absorvida por vários setores da indústria, gerando demanda para profissionais altamente capacitados. Tanto que esse mercado deve atingir 8,81 bilhões de dólares até 2022 – gerando mais empregos para engenheiros, desenvolvedores, pesquisadores e cientistas de dados. Quando se pensa em machine learning aplicado à gestão de projetos vislumbramos a inteligência artificial preenchendo espaços que até então eram deixados em branco. Novos dados vão sendo gerados e transformados em informações que faltavam – ou até mesmo que nunca haviam sido consideradas em sua importância global para um projeto. Isso certamente acaba encorajando colaboradores e equipes a melhorar o nível de desempenho profissional, entregando resultados muito mais próximos do nível de excelência desejado. Quando isso não acontece, a própria tecnologia está apta a detectar problemas e sugerir soluções de correção – ainda que complexas. Trata-se de um avanço muito significativo, útil e poderoso para as empresas.”

Categorias: Notícias

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